sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Vida Após a Morte

A incerteza da vida após a morte deixa qualquer pessoa intrigada.
Muitos pensam que morrer é mais fácil que viver, na verdade a morte tem sido uma saída para aqueles que não agüentam suas vidas, na confiança de que suas almas descansarão em paz. Mas não há como ter certeza disso, a fé, as crenças religiosas, são as coisas que fazem uma pessoa ter certeza na vida após a morte, por mais que não seja comprovado, ela acredita.

Muitos precisam de provas para acreditar, como a teoria do Big Bang que explica o surgimento do universo ou a evolução que mostra a raça humana evoluindo com o passar dos anos, mas teria como explicar a morte? Criar uma teoria para a vida após a morte?

A reencarnação sugere uma vida recomeçada na terra, nasceríamos purificados e assim nos livraríamos do mal que esta na nossa pele. Mas existe um fim para reencarnação, um último estado, o “nirvana”. Fui a fundo neste assunto e descobri que a purificação consiste em se deixar os desejos humanos, ou seja, bens matérias, relações com as pessoas, não mais pensar, não mais respirar, não se amar mais nem se ter personalidade ou identidade, esse é o nirvana. Não creio que esse seja um fim que algum ser humano queira já que nossos sentimentos e nossa personalidade fazem a diferença entre um animal e uma pessoa. A varias teorias sobre reencarnação em doutrinas orientais, Nova Era, budismo e etc.

Os ateus, eles acreditam que não há nada fora do mundo físico (físico-químico), acreditam no que podem ver no que pode ser comprovado através da ciência. Qualquer fonte de sabedoria fora da ciência é tratada como irracional, e é claro não se podendo ver, nem tocar ou medir a alma concluía que ela não existe e tampouco a vida após a morte.

Os judeus, os muçulmanos e os cristãos acreditam na vida após a morte, na vida eterna com Deus. Que haverá apocalipse e Deus voltará para buscar seus filhos, pessoas boas e criaram uma sociedade de amor e paz.

Muitas pessoas têm medo da morte, não gostam de falar nem ler nada a respeito apenas a ignoram, mas quem perdeu um amigo ou alguém da família pensa nisso. Essas são algumas teorias que existem sobre a vida após a morte, agora qual seguir, só você pode decidir.

Por Thiago Norvico

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Futurismo

Toda vez que ligo o computador do meu trabalho, aparece a seguinte mensagem: Atualizar as configurações da impressora. Ao clicar em NÃO, me são oferecidas três opções: Lembrar-me amanhã; lembrar-me semana que vem; não me lembrar nunca mais. Se eu clico em ''lembrar-me amanhã'', a janela é imediatamente aberta novamente com as mesmas opções. A mesma coisa acontece se escolho ''lembrar-me semana que vem''. A única diferença está em ''não me lembrar nunca mais'', que fecha a janela permanentemente mas torna a abri-la na próxima vez que ligo o computador.

Hoje fiz uma parábola em relação à essas opções e ao tempo: Por que será que o computador interpreta o 'amanhã' como uma questão de milésimos de segundos e o infinito, o ''nunca mais'', como um breve momento até a próxima vez que o computador é ligado? Clicar em ''nunca mais'' me incomoda, pois sinto o gosto da eternidade por breves momentos e no dia seguinte esse gosto se desmancha e transforma-se em cinzas. Tento de todo modo me livrar dessa mentira, desse exagero que me é passado por um programa de computador que desperdiça as palavras ''eternidade'' me passando uma mensagem equivocada.

Não quero me prender à hipérbole que me é ofertada diariamente; só tenho uma opção - mergulhar na eternidade, dia após dia...não quero a eternidade, quero a brevidade. Renego tudo que me dá o infinito, busco ser na vida um automóvel último modelo, sentir tudo de todas as maneiras e, depois de experimentar emoções extremas - ainda no auge da vida, finito como sou, retornar ao pó.




Por Alvaro Scorza

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O Único Caminho

Um homem caminha sozinho pela noite, parece não ter rumo, o vento frio passa pelo seu rosto congelando seus lábios, sua tristeza faz o vento ficar mais frio ao ponto de sentir congelar sua alma e sentir que seu coração mesmo oco ainda bate, ainda procura por algo.
Chegando em casa ele adormece, e se vê andando em uma escuridão profunda com o mesmo frio dilacerante que ele sentia naquela noite. No meio da escuridão apareceu uma porta, era único caminho para ele seguir, então ele abre e vê todas as coisas do passado, todos os momentos felizes, tudo que vagava pela sua mente, tudo que ele queria de volta, por incrível que pareça só de olhar para o passado trazia uma felicidade então ele resolve atravessar a porta mais uma força o impede e o arremessa longe, a porta se fecha, e mais o uma vez ele esta na escuridão profunda, então se levanta e corre para encontrar a porta, nem parece que esta saindo do lugar mesmo assim ele se esforça e encontra a porta mais essa é diferente, ele abre, e vê seu passado recente, se vê andando na rua pela noite fria, ele usa o braço e percebe que essa porta ele pode atravessar então outra porta aparece, e se abre, era o porta do passado, mais uma vez ele tenta mais não consegue atravessá-la, diante das duas portas ele fica parado sem saber o que fazer, então ele acorda seu coração parecia que iria saltar do seu peito nunca teve um sonho assim.
O homem foi à cozinha tomar um copo de água para se acalmar e pensando muito sobre o sonho ele tinha duas portas mais só podia atravessar uma, não tinha muita escolha, mesmo assim no sonho ele continuou parado. Assim era sua vida, ele queria as coisas boas do passado, mais não podia, tinha que seguir em frente. Quantas pessoas se encontram assim, ignorando o único caminho, perdidos na escuridão, sua única escolha é seguir em frente.


Por Thiago Norvico

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ramsés II

Uma vez conheci um viajante de uma terra antiga que me falou sobre duas enormes pernas de pedra que jaziam no meio do deserto. No chão perto delas, parcialmente quebrada, está a cabeça que pertenceu à estátua. O semblante do rosto de mármore mostra que aquele que esculpiu essa obra conseguiu captar muito bem as emoções da figura que o inspirou, figura esta que ainda vive estampada nessa obra sem vida. No pedestal que serve de base para as pernas está escrito:

"Sou Ramsés II, rei dos reis. Olhem meu trabalho, aqueles que se julgam poderosos, e tremam."

Nada resta por perto. Ao redor das ruínas desses destroços colossais, a areia branca se estende, nua e sem fronteiras, até onde a vista alcança.

Nós nos intrigamos, assim como algum caçador pode se intrigar quando, no futuro, parado sobre o local onde um dia reinou nossa civilização, indagar que civilização poderosa mas sem registros habitou aquele lugar aniquilado.

Por Alvaro Scorza (baseado em Shelley (Ozymandias)/ Smith (On a Stupenduous Leg....)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A Barca

A barca movia-se suavemente, deslizando sobre o mar agitado. Aproximava-se a noite e os últimos raios de Sol já minguavam, dando lugar ao crepúsculo.

D. e J. fumavam um cigarro na parte exterior da barca enquanto P., o mais jovem dos três, apenas olhava e conversava com os amigos. A cada vez que o mar balançava a barca, D. tinha que segurar com mais força a porta, estando seu corpo do lado de fora e seu braço dentro da barca, oferecendo-lhe proteção. J., por sua vez, encostava-se em um arco que é usado na hora do desembarque e olhava a água que a barca empurrava para trás. P. apenas observava-os encostado temerosamente contra a parede exterior.

Ansiosos, riam e brincavam enquanto a barca não alcançava seu destino. Os três iam assistir o show de uma banda alternativa de que gostavam e cada um estava imerso em sua própria realidade, compartilhando as boas vibrações que sentimos quando estamos na presença de amigos. J. sempre fora o sortudo dos três, aquele que foi atropelado enquanto andava de skate e levantou rindo, aquele que sempre subia no galho mais alto ao escalar uma árvore e saía ileso. Nuvens de fumaça ficavam para trás a cada baforada de J. em direção ao mar e à escuridão que a barca deixava pra trás.

D. comentava naquele momento sobre o jeito peculiar do guitarrista da banda que iam ver tocar. Este guitarrista gostava de tocar e pular em uma perna só, animando o público com seu jeito de universitário - barba densa e visual desleixado. J., inconscientemente, se afastou do arco em que estava encostado e foi imitar. Todos riram, mas nesse momento a barca sofreu um violento baque que fez D. segurar-se com toda força e P. abaixar, perdendo tudo e todos do campo de visão. Ao levantarem e recobrarem a noção de equilíbrio, J. havia sumido. D. riu:

- Ih, o J. caiu da água.

Nisso, P. falou:

- D.! Os motores!

As risadas transformaram-se em um olhar vazio e catatônico fitando o lugar em que J. havia estado um minuto atrás.

Por Alvaro Scorza

domingo, 16 de novembro de 2008

Ironia

Conheci uma menina há algumas semanas. De lá pra cá ficamos algumas vezes, não muitas, mas algumas. Ela me chamava de amor, eu não falava nada. Ela botava fotos minhas no orkut, eu não fiz nada disso. Ela elogiava cada centímetro do meu corpo e falava que meu beijo era perfeito...eu não dizia nada disso.

A última vez que ficamos foi quinta-feira.
Era uma noite úmida, a garoa teimava em cair imediatamente minguando até desaparecer por mais alguns minutos, quando caía novamente; a Lua iluminava e eu encontrei esta menina em uma praça.
Sentamos em uma mesinha e ela se aninhou no meio dos meus braços. Ficamos lá por volta de duas horas e nos despedimos com um beijo. Ela falou que queria sair comigo de novo e eu não falei nada.
Quando cheguei em casa, briguei com minha família por ter chegado tarde. Ela valia a pena eu ter brigado com minha família, mas eu nunca diria isso. Nem pra ela, nem pra minha família, nem pra mim mesmo em voz alta.

Quando chegou sexta-feira, ela começou a namorar. Alguns que lerem isso poderão pensar:

- Ela fez isso por sua frieza.

Não, ela não fez isso por minha frieza, simplesmente pq eu não era frio. Eu não dizia tão facilmente essas palavras bonitas, mas os gestos diziam muito bem o que eu não expressava verbalmente.
É engraçado ver essa dicotomia e pensar no desconcerto do mundo que foi discutido por Camões. Segundo ele, o mundo estava às avessas, pois os bons sofriam penas injustas e os maus eram agraciados com a boa sorte. Pois esse mundo desconcertado de Camões está nesses pequenos detalhes: aquela que mais demonstra seu sentimento está, na verdade, mentindo e aquele que não demonstra tais sentimentos sofre com a perda.

Por Alvaro Scorza

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Um sábado qualquer

Havia brigado com os pais mais cedo naquele sábado.

- Do jeito que você fala, até parece que ainda o ama - disse para a mãe.

A mãe, dona-de-casa; o pai, policial e alcoólatra. O rapaz tentava desafiar o pai, mas este revidava na mãe e na irmã menor.
Estava caminhando pela rua naquele dia quando veio o caminhão. Ele nem chegou a perceber a monstruosidade de metal enquanto atravessava a rua - sua mente estava muito focada em seu pai. O motorista não teve culpa, pois o rapaz achou que o tempo havia parado naquele sábado, tinha tanta certeza que o tempo estava congelado que atravessou a rua sem olhar para os lados.

O enterro do jovem foi no dia seguinte; sua família - inclusive o pai - disse algumas palavras sobre as virtudes do rapaz. Na volta para casa, pararam no mercado para comprar ração de cachorro.

O tempo não havia parado para eles também.


Por Alvaro Scorza(visão em um sonho - dia 14/10/2008)

sábado, 18 de outubro de 2008

Planeta Em Extinção



O Mundo poderia ser bem melhor não fossem as pessoas que vivem nele, pessoas mentem, são hipócritas, sugam o planeta sem se preocupar com o mal que será causado, pensam que o fato de poder pensar diferente é uma desculpa por decisões erradas e egoístas, pensam que depois de morrer suas almas irão descansar em paz por terem ajudado uma pessoa necessitada, pura hipocrisia! O mundo seria muito melhor se as pessoas fossem justas, o egoísmo e a ignorância predominam de uma forma tão absurda na humanidade que fica difícil de acreditar em boas ações altruístas. Desastres naturais para mim é uma forma de a natureza nos avisar que estamos destruindo o mundo em que vivemos, não só as pessoas que estão nele. Como as pessoas poderiam ser? Talvez pensar mais antes de tomar decisões e ter caráter, isso é o principal e tem faltado. Pode parecer estranho essa forma de ver como esta o mundo, mais somos responsáveis por isso, parece que quanto mais à raça humana evolui mais se destrói, se for assim quanto tempo tem planeta? É um caso a ser pensado como estamos cuidando do planeta é nossa responsabilidade é pensar grande saber que se você joga uma garrafinha no mar outras pessoas também podem jogar, multiplique isso por cem, mil, milhões, bilhões, trilhões de pessoas fazendo a mesma coisa e o resultado é o caos que o planeta se encontra. Cuide bem do planeta caso você não saiba você vive nele.


Por Thiago Norvico

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Fantasias

A memória humana é incerta e imprecisa. Quantas vezes não nos surpreendemos lembrando de coisas que nunca existiram? Acho que o nome disso é ''fantasiar''. Por que fazemos isso? Minha suposição é a de um desejo irracional de que tudo fosse de um certo jeito que na verdade não é. A mesma coisa parece acontecer nos países escandinavos, pois estes são os que possuem melhores índices de desenvolvimento e onde tudo funciona: transporte, emprego, governo...e ainda assim são os que detém o maior índice de suicídio. O ser humano é um eterno insatisfeito: se tudo está ruim, reclama; se tudo está um paraíso, reclama. É da nossa natureza a insatisfação com o meio que nos cerca. Os outros animais apenas existem em seu habitat; nós, por outro lado, temos o dom da inteligência e da percepção e, com base nisso, refletimos sobre tudo que nos cerca. É tão falado sobre o pecado original e tão criticada aquela que sucumbiu à tentação, mas será que não iríamos mudar de idéia em relação à serpente que tentou Eva se estivéssemos até hoje encarcerados em um jardim paradisíaco?Outro fruto dessa brincadeira da mente é a criação de mitos e lendas. Será que não foi uma espécie de histeria ou sonho que criou a idéia de que existe algo maior? Seria muito vazia a nossa existência se ao morrer não vislumbrássemos uma possibilidade de vida após a morte. Graças a isso, conseguimos manter uma certa ordem no mundo ao invés de sucumbirmos à total anarquia. Uma situação hipotética: o cidadão comum vê que não existe um deus, não existe vida após a morte e não existe juízo final. O que ele faz? Vive a vida intensamente, aproveita cada minuto, se diverte, transa...quem há de condená-lo? Quando todos percebermos que o futuro talvez seja uma luz apagada, daremos mais valor aos momentos que passamos na claridade.


Por Alvaro Scorza

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Apito

...Quando eu era uma criança de sete anos de idade, meus amigos, em um feriado, encheram meu bolso de níqueis. Eu fui direto à uma loja onde vendiam brinquedos para crianças e, encantado com o som de um apito, o qual tinha visto nas mãos de outro garoto, voluntariamente ofereci e dei todo o meu dinheiro por um igual.
Voltei para casa e apitei por todos os cômodos, muito satisfeito com o som do meu brinquedo mas perturbando toda a família. Meus irmãos, irmãs e primos, entendendo a barganha que tinha feito, me disseram que eu paguei quatro vezes mais pelo que o apito valia, colocaram em minha mente quantas coisas boas eu podia ter comprado com o resto do dinheiro e riram tanto de mim que chorei de vergonha.
A reflexão me diz que, no geral, essa experiência me deu mais tristeza do que o apito tinha me dado felicidade.

Esta impressão, no entanto, teve uso posterior para mim; geralmente quando tenho vontade de comprar alguma coisa desnecessária, digo para mim mesmo: "Não pague demais por seu apito" e economizo o dinheiro.
Conforme cresci e observei o comportamento dos homens, pensei ter conhecido muitos, muitos que "pagavam demais por seus apitos".


Quando vi um ambicioso demais por posições hierárquicas sacrificando seu tempo, seu repouso, sua liberdade, sua virtude e até mesmo seus amigos em nome de leviandades, disse para mim mesmo: "Esse homem paga demais por seu apito".


Quando vi um adorador de publicidade empregando seus esforços constantemente em ocupações políticas, negligenciando sua própria vida e arruinando-a por conseguinte: "Ele paga, de fato, - disse eu - demais por seu apito".


Se conhecesse um miserável que desistiu do conforto de sua vida, do prazer de fazer o bem para terceiros, a estima dos companheiros e a alegria da amizade benevolente em nome de acumular riquezas, diria: "Pobre homem, você paga demais por seu apito".


Encontrei um bon vivant, adorador de belas roupas, belas casas e bela mobília, tudo acima de seu patrimônio, pelo qual contraiu muitas dívidas e terminou sua vida em uma prisão. Disse eu: "Por Deus, ele paga caro, muito caro, por seu apito".


Quando conheci um homem adorador dos prazeres carnais que sacrificava seu tempo, o qual podia estar sendo gasto com sua mente, e seu dinheiro com meras sensações corpóreas, assim arruinando sua saúde: "Homem errante, - disse eu - você está ganhando dor ao invés de prazer, você paga demais por seu apito".


Se vejo uma garota doce, meiga e bela com um bruto companheiro de natureza ruim, penso comigo mesmo: "Que pena, ela paga demais por seu apito".


Resumindo, eu penso que grande parte das misérias da humanidade são trazidas por aqueles que avaliam erroneamente o valor das coisas e acabam dando demais por meros apitos. Ainda assim, deve-se ter compreensão acerca desses fatos, pois existem coisas tão tentadoras que, se pudesse oferecer um valor, certamente estaria arruinado na compra e novamente teria dado demais por um simples apito.


Benjamin Franklin (adaptado por Alvaro Scorza)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A Ignorância Cega

O pior cego é aquele que não quer enxergar, um antigo ditado popular, mais que se aplica a muitas pessoas hoje em dia, de fato somente não querendo enxergar para não perceber como esta crítica a situação da nossa cidade (RJ). Em apenas uma viagem da minha residência até o trabalho pode se constatar tamanha miséria, e com muitas pessoas tentando viver no meio disso, são ruas esburacadas, tomadas por lixo, encanamentos estourados deixando vazar esgoto, prédios abandonados e destruídos, total descaso com o povo, de dentro do carro você vê muitos moradores de ruas, vê também construções que não foram terminadas e que só serão retomadas perto de alguma eleição, abrindo a janela e o vento batendo no rosto junto com ele vem o odor podre de urina, fezes e lixo tudo misturado como em um sinfonia de cheiros para ser desfrutada até que você vomite de nojo, assim seria mais um odor a sentir, o do seu vômito. A questão é o que poderíamos fazer para isso mudar? Bom domingo 05/10/2008 haverá eleições uma postura mais agressiva do povo podia mudar a idéia dos políticos ou forçá-los a melhorar a condição de vida, no entanto a maioria nem liga para a eleição, irão votar e nem se lembrarão depois em quem, pessoas assim vivem em seus próprios mundos ignorando de forma bizarra as coisas que os cercam, provavelmente ela lembra em quem votou para sair de um reality show qualquer, mais não lembra em quem votou para melhorar o seu país. O maior problema é que as pessoas precisam uma das outras o povo precisa estar unido e sabendo o que quer para poder mudar, eu sei que é difícil acreditarem uma mudança, mais não custa nada a pessoa votar com consciência.

por Thiago Norvico

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Amor, sentimento ou apenas uma palavra?

Com quais atos podemos definir o amor?

Não mentir, ser sempre verdadeiro?

Compreender os erros das pessoas?

Fazer uma boa ação sem querer nada em troca?

Gostar de alguém, mesmo a pessoa te odiando?

Confiar plenamente?

Até que ponto podemos acreditar no amor? Imaginar que um casal apenas esta acostumado um com outro, e que quando esse costume vira um tédio, a pessoa quer mudar, é da natureza do ser humano querer mudanças para uma vida melhor. Como acreditar no amor de pai e mãe, quando vivemos em uma época que muitos dos pais descartam a vida do seu próprio filho. Como acreditar no amor sabendo que as pessoas o produzem, e como todos sabem muitos mentem e enganam para conseguir o que quer, a confiança pode ser o primeiro passo para uma decepção.


Talvez as pessoas levem a palavra amor muito a sério, talvez seja apenas uma palavra somente para descrever um momento, assim como felicidade ou tristeza, ou amor pode ser tudo, só que tão poucas pessoas o conseguiram que é difícil descrever o que é, muitos dizem que atos falam mais do que palavras, quando é demonstrar o amor para alguém isso fica bem difícil, curioso é como amor pode se misturar com outros sentimentos como felicidade e tristeza ou até mesmo ódio, olhando por esse lado o amor pode ser descartado, se você estiver feliz, o amor se torna desnecessário já que ele não é a fonte da sua felicidade, há como ser feliz sem amor?


Talvez a maioria das pessoais sejam felizes sem amor, elas apenas vivem suas vidas e são felizes assim. Se amor entre um homem e uma mulher é tão importante, pessoas que não se casam ou não tem um relacionamento são infelizes? O amor é realmente é um dos sentimentos mais intrigantes que existe, nem atos ou palavras podem demonstrar o amor de fato, acho que isso que o torna mais interessante.



Por Thiago Norvico

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pensamentos...

Sobre o amor:

Ou você tem alguma esperança de obter a pessoa amada ou não tem. Assim, no primeiro caso, faça todo o esforço para realizar essa esperança e chegar ao cumprimento dos seus votos; no segundo, tome uma resolução viril, procurando livrar-se de um sentimento funesto que consumirá inevitavelmente todas as suas forças.

Sobre o crime:

É verdade que o roubo é um crime; mas ohomem que se torna ladrão para salvar-se e salvar os seus de morrer de fome merece a compaixãoou o castigo? Quem atirará a primeira pedra no esposo que, numa explosão de cólera justa, mata a esposa infiel e o infame amante; na jovem que, num momento de vertigem, se abandona à ebriedade irresistível do amor?

Sobre a paixão pelas palavras e estórias (ou pela a primeira impressão):

Um autor estraga a sua obra, revendo-a e corrigindo-a para uma segunda edição, pois ela nada ganha quanto ao conteudo poético. A primeira impressão nos encontra em estado passivo a tal ponto, que o homem pode aceitar as coisas mais inverossímeis; e, como se fixam fortemente no seu espírito, ai daqueles que depois pretendam apagá-las ou arrancá-las!

Sobre as pessoas desagradáveis:

A lentidão e os escrupulos exagerados me enervam. Essa gente torna a vida desagradável para eles próprios e para os outros. Mas é preciso resignar-se a isso como o viajante se resigna ao ter de transpor uma montanha. É verdade que o caminho seria mais curto e mais comodo se não fosse a montanha; mas a montanha existe e é preciso seguir viagem!

Sobre a mistura de amor e ódio, seguem os relatos de um homem que amava e não foi correspondido, tendo perdido o amor de sua companheira:

Um dia, sabendo que ela se achava num quarto do andar superior, foi procurá-la, ou por outra, sentiu-se atraído para ela. Repelido em suas declarações, quis violentá-la. Não sabe como isso aconteceu. Toma Deus em testemunho de suas intenções honestas: o que desejava, e desejava-o ardentemente, era desposá-la e passar junto dela o resto da vida. Depois de falar algum tempo, calou-se subitamente como um homem que tem ainda alguma coisa a dizer, mas não ousa. Por fim, confessou-me com a mesma timidez as familiaridadezinhas que ela lhe permitiu e a intimidade que acabou por autorizar entre ambos. Por duas ou três vezes ele se interrompeu, protestando vivamente que não dizia isso para "desprezá-la", que a ama e estima como antes, que nada do que me contou havia contado a outrem, que me dissera tudo para convencer-me que de modo algum é um homem perverso ou insensato. . .

Por Alvaro Scorza



segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sobre a Brevidade da Vida

Na maior parte do tempo, estou pensando em aspectos da vida que muitas outras pessoas dedicam tão poucas horas de reflexão. A maior parte dos seres humanos simplesmente existe: acorda, trabalha, tem um punhado de amigos, se preocupa com a aparência, com dinheiro, com a busca de um amor...Eu penso na vida em seu aspecto simples. Nós não podemos abandonar completamente uma vida guiada pela sociedade, não podemos deixar de trabalhar e acreditarmos que tudo vai cair do céu.

A vida, no entanto, é extremamente curta. Uma drosófila (espécie de mosca) vive 18 horas. Para a filosofia dessa mosca (se é que moscas tem filosofia) a vida dura apenas 18 horas: começa ao raiar do Sol e termina quando está escurecendo ou nascem na escuridão e encontram seu fim com a claridade. Eu vejo minha vida como as 18 horas da drosófila: vejo meus amigos e lembro de um passado em que a infância era perfeita, vejo as gerações passarem.... Alguns dos que cresceram comigo agora tem filhos e os que eram crianças quando eu já tinha idade pra diferenciar o bem e o mal agora estão escolhendo suas carreiras, crescidos, parte da sociedade. Tenho amigos que já morreram e, assim como o curso da vida, logo me juntarei a eles. E assim tão logo, todos estaremos juntos e nosso tempo nesse mundo terá expirado. Não podemos esperar uma vida centenária nem almejar a imortalidade de Aquiles e outros heróis homéricos que, ainda que mortais, adquiriram vida eterna nas páginas de livros.

Sou professor de inglês e espero poder viver o suficiente pra ver aqueles que ensinei colherem os frutos do estudo e se tornarem, assim como eu espero ser, funcionais. O que podemos esperar de pessoas que se matam por comida, de políticos corruptos, de drogados, prostituição, escravos com menos de 10 anos? Toda a nossa sociedade, assim como a das drosófilas, estará extinta quando o tempo certo vier, quando todos estivermos enterrados e os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos já tiverem partido, o que poderemos dizer que conquistamos? Podemos ser felizes com a reflexão de termos tido uma boa vida e cumprido tudo aquilo que trouxe alegria pra alguém e nós mesmos, o ocasional sorriso de uma bela mulher e, hora ou outra, uma melodia que ouvimos e nos traz felicidade.

Por Alvaro Scorza