sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Um sábado qualquer

Havia brigado com os pais mais cedo naquele sábado.

- Do jeito que você fala, até parece que ainda o ama - disse para a mãe.

A mãe, dona-de-casa; o pai, policial e alcoólatra. O rapaz tentava desafiar o pai, mas este revidava na mãe e na irmã menor.
Estava caminhando pela rua naquele dia quando veio o caminhão. Ele nem chegou a perceber a monstruosidade de metal enquanto atravessava a rua - sua mente estava muito focada em seu pai. O motorista não teve culpa, pois o rapaz achou que o tempo havia parado naquele sábado, tinha tanta certeza que o tempo estava congelado que atravessou a rua sem olhar para os lados.

O enterro do jovem foi no dia seguinte; sua família - inclusive o pai - disse algumas palavras sobre as virtudes do rapaz. Na volta para casa, pararam no mercado para comprar ração de cachorro.

O tempo não havia parado para eles também.


Por Alvaro Scorza(visão em um sonho - dia 14/10/2008)

sábado, 18 de outubro de 2008

Planeta Em Extinção



O Mundo poderia ser bem melhor não fossem as pessoas que vivem nele, pessoas mentem, são hipócritas, sugam o planeta sem se preocupar com o mal que será causado, pensam que o fato de poder pensar diferente é uma desculpa por decisões erradas e egoístas, pensam que depois de morrer suas almas irão descansar em paz por terem ajudado uma pessoa necessitada, pura hipocrisia! O mundo seria muito melhor se as pessoas fossem justas, o egoísmo e a ignorância predominam de uma forma tão absurda na humanidade que fica difícil de acreditar em boas ações altruístas. Desastres naturais para mim é uma forma de a natureza nos avisar que estamos destruindo o mundo em que vivemos, não só as pessoas que estão nele. Como as pessoas poderiam ser? Talvez pensar mais antes de tomar decisões e ter caráter, isso é o principal e tem faltado. Pode parecer estranho essa forma de ver como esta o mundo, mais somos responsáveis por isso, parece que quanto mais à raça humana evolui mais se destrói, se for assim quanto tempo tem planeta? É um caso a ser pensado como estamos cuidando do planeta é nossa responsabilidade é pensar grande saber que se você joga uma garrafinha no mar outras pessoas também podem jogar, multiplique isso por cem, mil, milhões, bilhões, trilhões de pessoas fazendo a mesma coisa e o resultado é o caos que o planeta se encontra. Cuide bem do planeta caso você não saiba você vive nele.


Por Thiago Norvico

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Fantasias

A memória humana é incerta e imprecisa. Quantas vezes não nos surpreendemos lembrando de coisas que nunca existiram? Acho que o nome disso é ''fantasiar''. Por que fazemos isso? Minha suposição é a de um desejo irracional de que tudo fosse de um certo jeito que na verdade não é. A mesma coisa parece acontecer nos países escandinavos, pois estes são os que possuem melhores índices de desenvolvimento e onde tudo funciona: transporte, emprego, governo...e ainda assim são os que detém o maior índice de suicídio. O ser humano é um eterno insatisfeito: se tudo está ruim, reclama; se tudo está um paraíso, reclama. É da nossa natureza a insatisfação com o meio que nos cerca. Os outros animais apenas existem em seu habitat; nós, por outro lado, temos o dom da inteligência e da percepção e, com base nisso, refletimos sobre tudo que nos cerca. É tão falado sobre o pecado original e tão criticada aquela que sucumbiu à tentação, mas será que não iríamos mudar de idéia em relação à serpente que tentou Eva se estivéssemos até hoje encarcerados em um jardim paradisíaco?Outro fruto dessa brincadeira da mente é a criação de mitos e lendas. Será que não foi uma espécie de histeria ou sonho que criou a idéia de que existe algo maior? Seria muito vazia a nossa existência se ao morrer não vislumbrássemos uma possibilidade de vida após a morte. Graças a isso, conseguimos manter uma certa ordem no mundo ao invés de sucumbirmos à total anarquia. Uma situação hipotética: o cidadão comum vê que não existe um deus, não existe vida após a morte e não existe juízo final. O que ele faz? Vive a vida intensamente, aproveita cada minuto, se diverte, transa...quem há de condená-lo? Quando todos percebermos que o futuro talvez seja uma luz apagada, daremos mais valor aos momentos que passamos na claridade.


Por Alvaro Scorza

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Apito

...Quando eu era uma criança de sete anos de idade, meus amigos, em um feriado, encheram meu bolso de níqueis. Eu fui direto à uma loja onde vendiam brinquedos para crianças e, encantado com o som de um apito, o qual tinha visto nas mãos de outro garoto, voluntariamente ofereci e dei todo o meu dinheiro por um igual.
Voltei para casa e apitei por todos os cômodos, muito satisfeito com o som do meu brinquedo mas perturbando toda a família. Meus irmãos, irmãs e primos, entendendo a barganha que tinha feito, me disseram que eu paguei quatro vezes mais pelo que o apito valia, colocaram em minha mente quantas coisas boas eu podia ter comprado com o resto do dinheiro e riram tanto de mim que chorei de vergonha.
A reflexão me diz que, no geral, essa experiência me deu mais tristeza do que o apito tinha me dado felicidade.

Esta impressão, no entanto, teve uso posterior para mim; geralmente quando tenho vontade de comprar alguma coisa desnecessária, digo para mim mesmo: "Não pague demais por seu apito" e economizo o dinheiro.
Conforme cresci e observei o comportamento dos homens, pensei ter conhecido muitos, muitos que "pagavam demais por seus apitos".


Quando vi um ambicioso demais por posições hierárquicas sacrificando seu tempo, seu repouso, sua liberdade, sua virtude e até mesmo seus amigos em nome de leviandades, disse para mim mesmo: "Esse homem paga demais por seu apito".


Quando vi um adorador de publicidade empregando seus esforços constantemente em ocupações políticas, negligenciando sua própria vida e arruinando-a por conseguinte: "Ele paga, de fato, - disse eu - demais por seu apito".


Se conhecesse um miserável que desistiu do conforto de sua vida, do prazer de fazer o bem para terceiros, a estima dos companheiros e a alegria da amizade benevolente em nome de acumular riquezas, diria: "Pobre homem, você paga demais por seu apito".


Encontrei um bon vivant, adorador de belas roupas, belas casas e bela mobília, tudo acima de seu patrimônio, pelo qual contraiu muitas dívidas e terminou sua vida em uma prisão. Disse eu: "Por Deus, ele paga caro, muito caro, por seu apito".


Quando conheci um homem adorador dos prazeres carnais que sacrificava seu tempo, o qual podia estar sendo gasto com sua mente, e seu dinheiro com meras sensações corpóreas, assim arruinando sua saúde: "Homem errante, - disse eu - você está ganhando dor ao invés de prazer, você paga demais por seu apito".


Se vejo uma garota doce, meiga e bela com um bruto companheiro de natureza ruim, penso comigo mesmo: "Que pena, ela paga demais por seu apito".


Resumindo, eu penso que grande parte das misérias da humanidade são trazidas por aqueles que avaliam erroneamente o valor das coisas e acabam dando demais por meros apitos. Ainda assim, deve-se ter compreensão acerca desses fatos, pois existem coisas tão tentadoras que, se pudesse oferecer um valor, certamente estaria arruinado na compra e novamente teria dado demais por um simples apito.


Benjamin Franklin (adaptado por Alvaro Scorza)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A Ignorância Cega

O pior cego é aquele que não quer enxergar, um antigo ditado popular, mais que se aplica a muitas pessoas hoje em dia, de fato somente não querendo enxergar para não perceber como esta crítica a situação da nossa cidade (RJ). Em apenas uma viagem da minha residência até o trabalho pode se constatar tamanha miséria, e com muitas pessoas tentando viver no meio disso, são ruas esburacadas, tomadas por lixo, encanamentos estourados deixando vazar esgoto, prédios abandonados e destruídos, total descaso com o povo, de dentro do carro você vê muitos moradores de ruas, vê também construções que não foram terminadas e que só serão retomadas perto de alguma eleição, abrindo a janela e o vento batendo no rosto junto com ele vem o odor podre de urina, fezes e lixo tudo misturado como em um sinfonia de cheiros para ser desfrutada até que você vomite de nojo, assim seria mais um odor a sentir, o do seu vômito. A questão é o que poderíamos fazer para isso mudar? Bom domingo 05/10/2008 haverá eleições uma postura mais agressiva do povo podia mudar a idéia dos políticos ou forçá-los a melhorar a condição de vida, no entanto a maioria nem liga para a eleição, irão votar e nem se lembrarão depois em quem, pessoas assim vivem em seus próprios mundos ignorando de forma bizarra as coisas que os cercam, provavelmente ela lembra em quem votou para sair de um reality show qualquer, mais não lembra em quem votou para melhorar o seu país. O maior problema é que as pessoas precisam uma das outras o povo precisa estar unido e sabendo o que quer para poder mudar, eu sei que é difícil acreditarem uma mudança, mais não custa nada a pessoa votar com consciência.

por Thiago Norvico

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Amor, sentimento ou apenas uma palavra?

Com quais atos podemos definir o amor?

Não mentir, ser sempre verdadeiro?

Compreender os erros das pessoas?

Fazer uma boa ação sem querer nada em troca?

Gostar de alguém, mesmo a pessoa te odiando?

Confiar plenamente?

Até que ponto podemos acreditar no amor? Imaginar que um casal apenas esta acostumado um com outro, e que quando esse costume vira um tédio, a pessoa quer mudar, é da natureza do ser humano querer mudanças para uma vida melhor. Como acreditar no amor de pai e mãe, quando vivemos em uma época que muitos dos pais descartam a vida do seu próprio filho. Como acreditar no amor sabendo que as pessoas o produzem, e como todos sabem muitos mentem e enganam para conseguir o que quer, a confiança pode ser o primeiro passo para uma decepção.


Talvez as pessoas levem a palavra amor muito a sério, talvez seja apenas uma palavra somente para descrever um momento, assim como felicidade ou tristeza, ou amor pode ser tudo, só que tão poucas pessoas o conseguiram que é difícil descrever o que é, muitos dizem que atos falam mais do que palavras, quando é demonstrar o amor para alguém isso fica bem difícil, curioso é como amor pode se misturar com outros sentimentos como felicidade e tristeza ou até mesmo ódio, olhando por esse lado o amor pode ser descartado, se você estiver feliz, o amor se torna desnecessário já que ele não é a fonte da sua felicidade, há como ser feliz sem amor?


Talvez a maioria das pessoais sejam felizes sem amor, elas apenas vivem suas vidas e são felizes assim. Se amor entre um homem e uma mulher é tão importante, pessoas que não se casam ou não tem um relacionamento são infelizes? O amor é realmente é um dos sentimentos mais intrigantes que existe, nem atos ou palavras podem demonstrar o amor de fato, acho que isso que o torna mais interessante.



Por Thiago Norvico